terça-feira, 25 de maio de 2010

O cão grande

Fomos passar o fim-de-semana fora, a Almada (a minha terra) e quando voltámos (3 dias depois) o cão grande, preto e branco (que afinal até nem é velhote, deve ter 1 anito, percebi pelos dentes), permanecia imóvel junto ao portão da nossa casa.
Nem quis acreditar!
Ele esteve praticamente 4 dias à nossa espera! Ou então à espera que a Chiquinha voltasse! Pensava eu...
Mas agora passados 11 dias, constato que ele estava à nossa espera e que nós o adoptássemos!
Assim, temos a proteger-nos a casa (do lado de fora) um cão cheio de vida e muito, muito engraçado, à espera que alguém o adopte.
Tenho muita pena por não o poder fazer, espero que alguém se encante por ele e o possa fazer por mim...

Uma luz ao fundo do túnel

Deus abençoou a minha decisão, pois consegui um dono para a cadelinha.
E consegui a melhor dona: a minha mãe!
A minha mãe adoptou a Chiquinha (esse é o nome dela)e eu fiquei radiante pelas duas.

A decisão

Durante a noite, acordei várias vezes e egoistamente, desejei que eles tivessem ido embora. Desejei que eles se tivessem desiludido, mais uma vez, com os humanos e tivessem saído à procura de alguém que fizesse a diferença.
Mas não foi assim. Eles estavam exactamente no mesmo sítio onde os tinha deixado e receberam-me com um grande estardalhaço.
Os cães são realmente fantásticos!
Decidi nesse momento: Não posso ajudar os dois, mas pelo menos ajudo um, a cadelinha que terá um triste fim se ficar na rua, pois é um cão que dificilmente sobreviverá.

Mais um passo...

O dia passou. Quando cheguei a casa, lá estavam eles à minha espera.
Fiéis, esperando tudo de mim... E eu que lhes posso dar?
Tenho 4 cães, todos abandonados por alguém sem coração...
Dei-lhes comida e tentei não lhes dar muita atenção, para que não se afeiçoassem a mim e eu a eles.
Reparei que o cãozinho era uma cadelinha, ainda novinha. Trazia uma coleira rosa e estava tão carente. Fiz-lhe uma festa e ela tremeu, riu (digo que riu pois mostrou os seus dentinhos) e saltou para cima de mim. O cão grande, esse gania, quase berrava e imaginei que a cadela estivesse com o cio. Daí aquela obsessão do cão grande pela cadelinha. Mais preocupada fiquei. Mas, como o meu pai outrora me disse: "Tens que aprender a fechar os olhos", eu fechei, ou melhor, tentei fechar porque pouco dormi nessa noite, e coloquei-a na rua, fora do meu jardim e da minha protecção.
Segui em frente, olhando para trás.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Finalmente um passo difícil

Na Terça-feira, esperançosa mas ao mesmo tempo receosa de ver o cãozinho, saí para o trabalho e... vejo o cão. Exactamente no mesmo sítio!
Pensei que algo tinha de fazer e parei o carro para lhe tirar a trela (não o fosse magoar) que já estava em metade.
Tentei chegar ao cãozinho que me fugia a tremer. Após algumas tentativas consegui tirar-lhe a trela e ambos (o cãozinho e o cão grande) começaram a saltar para cima de mim e a lamber as minhas mãos.
Fiquei assustada, porque percebi logo que não me conseguiria ir embora, sem que eles me quisessem acompanhar.
Assim foi,entrei no carro e eles rodearam-no logo. Pensei que não podia seguir viagem assim e optei por levá-los em direcção a minha casa.
Que pena senti nesse momento! Quando arranquei, ambos começaram desperadamente a correr atrás do meu carro, na ânsia de me alcançar e com medo que a "senhora tão simpática que até lhes fez uma festa" fosse embora também!
Deixei-os perto de casa (a beber água e a comer) e esgueirei-me para o trabalho.

Um pedido de ajuda

Na manhã de Segunda-feira, dia 10 de Maio, estava eu a ir para o trabalho quando vejo o cãozinho, já a cerca de 300 metros da minha casa (e depois do tal cruzamento) e acompanhado por um grande cão branco e preto.
Nada pude fazer. Havia muito transito e eu estava atrasada. Porém, o cãozinho parecia-me mais débil e continuava com uma trela vermelha agarrada ao seu pescocinho.
Esta visão não me "largou" durante todo o dia!

Mais um perdido...

No dia 7 de Maio (Sexta-feira), conduzia eu tranquila para casa quando, numa estrada estreita (aquela que percorro todos os dias) me deparo com um pequeno cachorro que rapidamente se movia no meio da estrada, como se estivesse atrás de algo. O cachorro tinha uma trela vermelha que arrastava pelo chão, mas que a dada altura agarrou com a boca, num acto de inteligência.
Fiquei preocupada pois o cachorro era pequeno (arraçado de Shitsu), era um cão de casa, aqueles que dificilmente sobrevivem na rua. M
Mas ele seguiu caminho, quando me lembrei que mais à frente havia um perigoso cruzamento. De imediato, ultrapassei e parei o carro mais à frente para o impedir de seguir aquele caminho. Afastei-me um pouco e esperei que ele me alcançasse, sem sucesso. Estranhei a sua demora e a pé, voltei para trás. Não o vi mais. Tinha desaparecido! Perguntei a uma senhora que ali vivia (numa bela quinta) se tinha visto um cãozinho, se era dela ou se sabia se era de alguém nas redondezas. Todas as as respostas foram negativas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Luta contra a indiferença

No passado dia 30 de Abril, eu, a minha colega Ana Cristina Rosa e a "nossa" D. Fernanda, com as nossas turmas do 4º Ano (A e B), cumprimos a nossa missão, a Missão Animal!
Depois de uma exaustiva campanha para angariação de géneros alimentares para os cerca de 700 animais (500 cães e 200 gatos) que residem na União Zoófila, nós, que ainda lutamos contra a indiferença, viajámos até Lisboa para cumprir o objectivo a que nos tínhamos proposto!
Para isso, contámos com a colaboração dos nossos alunos, dos seus pais, de alguns colegas da nossa escola e contámos com a ajuda da Câmara Municipal de Lagoa, que desde logo disponibilizou o autocarro para transportarmos o produto da nossa campanha.
E nós... Ficámos radiantes!!! Missão cumprida!!!